Para que serve o enxaguante bucal?
Uma revisão científica publicada no fim de 2008 na revista da Academia Dental Australiana compilou estudos do mundo todo que encontraram essa relação.
De acordo com os pesquisadores, há evidências suficientes para aceitar a ideia de que enxaguatórios bucais com álcool contribuem para aumentar a taxa de câncer oral.
Grande parte dos produtos comercializados no Brasil contém álcool. Um estudo brasileiro realizado com 309 pacientes e publicado no ano passado na "Revista de Saúde Pública" também encontrou a mesma associação.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), fabricantes são obrigados a informar na embalagem a presença de álcool na composição.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), fabricantes são obrigados a informar na embalagem a presença de álcool na composição.
O álcool presente nos enxaguantes contribui para o aumento das taxas de câncer oral de forma similar às bebidas alcoólicas --e sabe-se que o álcool é o segundo fator de risco para a doença, depois do tabagismo, aumentando de cinco a nove vezes os riscos.
O álcool não é um agente causador de câncer isoladamente, mas uma enzima do organismo o transforma em acetaldeído, substância que pode alterar as células da boca e causar tumores na região.
Dentistas recomendam o uso de enxaguatórios após cirurgias, raspagem de dente, casos de alta incidência de cárie, doenças da gengiva e para pessoas que não têm coordenação motora para realizar uma boa escovação.
Para o restante da população, o uso é opcional, apesar de boa parte da publicidade desse tipo de produto sugerir que ele combate mau hálito.
Do ponto de vista da higiene bucal, não é necessário. Quem tem boa higiene bucal geralmente não tem halitose e, se tiver, não será o enxaguatório que vai resolver o problema.
Enxaguante Bucal ,qual é o melhor?
Como 10 a cada 10 pessoas que iniciam o tratamento de halitose, relatam usar algum tipo de enxaguante bucal, falar neles e dar algumas explicações é muito necessário.
Os enxaguantes encontrados no mercado, ainda não são muito variados na sua composição. Hoje, além dos que são à base de álcool, existem os que contêm cloreto benzalcônico, dióxido de cloro, peróxido de carbamida, triclosan, cloreto de cetilpiridínino.
Os enxaguantes encontrados no mercado, ainda não são muito variados na sua composição. Hoje, além dos que são à base de álcool, existem os que contêm cloreto benzalcônico, dióxido de cloro, peróxido de carbamida, triclosan, cloreto de cetilpiridínino.
Todos têm sua funcionalidade, porém os que contêm álcool não são bons para halitose. O motivo, é que o álcool queima a mucosa oral, provocando a descamação da mucosa que se acumula na língua, piorando drasticamente o odor. Não esquecendo que ele altera a microbiota oral, matando as bactérias patogênicas e não patogênicas. É muito utilizado em pós operatório cirúrgico, com finalidade de evitar uma infecção.
A clorexidina é muito útil em processo de inflamação gengival, já que estimula a regeneração tecidual da gengiva, também eliminando bactérias que produzem odores. No entanto, seu uso não pode ultrapassar duas semanas, por causar diminuição de paladar e manchar os dentes. Para halitose, ele não é o ideal.
O triclosan tem ação sobre a formação de CSV (compostos sulfurados voláteis), porém ao ser diluído em agentes orgânicos necessários a confecção do enxaguante, tem essa vantagem alterada. Portanto, tem sua eficácia reduzida.
O peróxido de carbamida já é parte de um enxaguante bucal no mercado, que tem uma eficácia boa diante dos odores bucais, mas a composição do peróxido e a utilização frequente, podem causar um sensibilidade dentinária em alguns casos. É uma boa opção para halitose!
O dióxido de cloro provoca a redução de CSV, no entanto a sua ação não tem uma duração muito grande. O que provoca uma certa frustração em quem deseja um efeito de hálito refrescante e duradouro.
O cloreto cetilpiridínio tem ação bactericida para uma ampla variedade de bactérias gram-positivas e gram-negativas, alguns fungos e vírus. Seu efeitos colaterais são menos expressivos, comparando aos da clorexidina. É uma opção a ser testada por quem procura um enxaguante.
O cloreto benzalcônico possui várias características que fazem dele o componente mais adequado ao combate da halitose em um enxaguante. Ele promove a diminuição de odores desagradáveis, é mais estável ao armazenamento, não é irritante as mucosas, tem boa penetração sugerindo um bom benefício como bochecho para o mau hálito. Atualmente, é o preferido no caso de tratamento de halitose.
No entanto, todo e qualquer enxaguante só irá ter seu valor se fatores relacionados ao mau hálito estiverem ausentes. Ou seja, quem não escova os dentes corretamente, não usa fio dental, come alimentos carregados, tem baixa salivação e tantos outros fatores que causam halitose, ele será apenas um mascarador de halitose. Ou seja, botar perfume sem tomar banho, não resolve
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